sexta-feira, 13 de junho de 2008

APRESENTAÇÃO

ESTE SITE TRATA EXCLUSIVAMENTE DE ASSUNTOS QUE NOS LEVAM ÀS FRONTEIRAS DO DESCONHECIDO.
LUGARES, SITUAÇÕES, ACONTECIMENTOS QUE POUCOS ACREDITAM SER VERDADE.
ASSIM SENDO...NOSSA INTENÇÃO É MOSTRAR UM POUCO DA REALIDADE TALVEZ NUA E CRUA QUE POUCO ACREDITAM SER VERDADE. CASOS... FATOS E ACONTECIMENTOS QUE NOS LEVAM A BEIRA DE UM CONHECIMENTO ATÉ ENTÃO OBSCURO PARA MUITOS MORTAIS NÃO QUEREMOS AQUI DESVIAR NINGUEM DE SUAS TRAJETORIAS DE CRENÇAS, PORQUE UM ÚNICO DEUS ESTA EM TODAS A RELIGIÕES E EM TODAS AS REUNIÕES QUE FALAM EM SEU NOME, MAS NÃO ESQUECENDO O VELHO DITO POPULAR QUE DIZ: "HÁ MAIS MISTERIOS ENTRE O CEU E A TERRA...DO QUE PODE IMAGINAR NOSSA VÃ FILOSOFIA" (shakespeare) MISTERIO E MAGIA...TRAZ UM POUCO DO CONHECIMENTO ADQUIRIDO POS MIM ATRAVEZ DOS TEMPOS...MAS SEMPRE RESPEITANDO A OPINIÃO DE CADA UM..............

OXALÁ

 

Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam.
O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô.
A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira.
Sua saudação é ÈPA BÀBÁ ! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano.
Simboliza a paz é o pai maior nas nossas nações na Religião Africana. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence os olhos que vêem tudo.
ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OXALÁ
As pessoas de Oxalá são calmas, responsáveis, reservadas e de muita confiança. Seus ideais são levados até o fim, mesmo, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Gostam de dominar e liderar as pessoas. São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.
OXALÁ - LENDA
Olodumaré entregou a Oxalá o saco da criação para que ele criasse o mundo. Porém essa missão não lhe dava o direito de deixar de cumprir algumas obrigações para outros Orixás e Exu, aos quais ele deveria fazer alguns sacrifícios e oferendas.
Oxalá pôs a caminho apoiado em um grande cajado, o Paxorô. No momento em que deveria ultrapassar a porta do além, encontrou-se com Exu que, descontente porque Oxalá se negara a fazer suas oferendas, resolveu vingar-se provocando em Oxalá uma sede intensa. Oxalá não teve outro recurso senão o de furar a casca de um tronco de um dendezeiro para saciar a sua sede.
Era o vinho de palma o qual Oxalá bebeu intensamente, ficou bêbado, não sabia onde estava e caiu adormecido. Apareceu então Olófin Odùduà que vendo o grande Orixá adormecido roubou-lhe o saco da criação e em seguida foi a procura de Olodumaré, para mostrar o que teria achado e contar em que estado Oxalá se encontrava.
Olodumaré disse então que “se ele esta neste estado vá você a Odùduà, vá você criar o mundo”. Odùduà foi então em busca da criação e encontrou um universo de água, e aí deixou cair do saco o que estava dentro, era terra. Formou-se então um montinho que ultrapassou a superfície das águas.
Então ele colocou a galinha cujos pés tinham cinco garras. Ela começou a arranhar e a espalhar a terra sobre a superfície da água, onde ciscava cobria a água, e a terra foi alargando cada vez mais, o que em Ioruba se diz IlE`nfê expressão que deu origem ao nome da cidade Ilê Ifê.
Odùduà ali se estabeleceu, seguido pelos outros Orixás e tornou-se assim rei da terra.
Quando Oxalá acordou, não encontrou mais o saco da criação. Despeitado, procurou Olodumaré, que por sua vez proibiu, como castigo a Oxalá e toda sua família, de beber vinho de palma e de usar azeite de dendê. Mas como consolo lhe deu a tarefa de modelar no barro o corpo dos seres humanos nos quais ele, Olodumaré insuflaria a vida.
OXALÁ
Um dia Oxalufam, que vivia com seu filho Oxaguiam, velho e curvado por sua idade avançada, resolveu viajar a Oyó em visita a Xangô, seu outro filho. Foi consultar um babalaô para saber acerca da viagem. O adivinho recomendou-lhe não seguir viagem. Ela seria desastrosa e acabaria mal.
Mesmo assim, Oxalufam, por teimosia, resolveu não renunciar à sua decisão. O adivinho aconselhou-o então a levar consigo três panos brancos, limo-da-costa e sabão-da-costa, assim como a aceitar e fazer tudo que lhe pedissem no caminho e não reclamar de nada, acontecesse o que acontecesse. Seria uma forma de não perder a vida.
Em sua caminhada, Oxalufam encontrou Exú três vezes. Três vezes Exú solicitou ajuda ao velho rei para carregar seu fardo, que acabava derrubando em cima de Oxalufam. Três vezes Oxalufam ajudou Exú, carregando seus fardos imundos. E por três vezes Exú fez Oxalufam sujar-se de azeite de dendê, de carvão, de caroço de dendê.
Três vezes Oxalufam ajudou Exú. Três vezes suportou calado as armadilhas de Exú. Três vezes foi Oxalufam ao rio mais próximo lavar-se e trocar suas vestes. Finalmente chegou a Oyó. Na entrada da cidade viu um cavalo perdido, que ele reconheceu como o cavalo que havia presenteado a Xangô.
Tentou amansar o animal para amarrá-lo e devolvê-lo ao filho. Mas neste momento chegaram alguns súditos do rei à procura do animal perdido. Viram Oxalufam com o cavalo e pensaram tratar-se do ladrão do animal. Maltrataram e prenderam Oxalufam. Ele, sempre calado, deixou-se levar prisioneiro.
Mas, por estar um inocente no cárcere, em terras do Senhor da Justiça, Oyó viveu por longos sete anos a mais profunda seca. As mulheres tornaram-se estéreis e muitas doenças assolaram o reino. Xangô desesperado, procurou um babalaô que consultou Ifá, descobrindo que um velho sofria injustamente como prisioneiro, pagando por um crime que não cometera.
Xangô correu para a prisão. Para seu espanto, o velho prisioneiro era Oxalufam. Xangô ordenou que trouxessem água do rio para lavar o rei. O rei de Oyó mandou seus súditos vestirem-se de branco. E que todos permanecessem em silêncio. Pois era preciso, respeitosamente, pedir perdão a Oxalufam. Xangô vestiu-se também de branco e nas suas costas carregou o velho rei. E o levou para as festas em sua homenagem e todo o povo saudava Oxalá e todo o povo saudava Xangô. Depois Oxalufam voltou para casa e Oxaguiam ofereceu um grande banquete em celebração pelo retorno do pai.

 

(ref:Guardioesdaluz)

terça-feira, 3 de junho de 2008

KABALAH

 

A KABALAH, ou Qabalah é geralmente considerada uma doutrina mística da religião judaica. Na realidade, ela é mais do que isso: seu pensamento, extremamente rico, não se enquadra num sistema filosófico ou religioso, não tem nada de dogmático.

De acordo com a tradição judaica, historicamente a Qabalah teria surgido da seguinte forma: "Moisés recebeu (Kibel:deste termo deriva kabalah ou Qabalah) a Tora (o Ensinamento, a Lei) sobre o Monte Sinai; ele transmitiu( ou-messara) a Josué, que por sua vez a remeteu aos profetas e estes últimos a transmitiram aos membros da Grande Sinagoga.

A Qabalah, entretanto, segundo os estudiosos, entre estes Alexandre Safran (La Cabale - Ed. Payothéque), ultrapassa, em antiguidade, a Revelação Judaica. Ela remonta aos tempos pré-históricos. Moisés a teria introduzido na história de Israel. A Qabalah transpôs os limites de uma mística religiosa, para ser mais bem compreendida como uma tradição esotérica.

O OCULTISMO é o estudo do espirito e da matéria, de DEUS e da humanidade, das origens e do Destino. É a verdadeira ciência da vida. Não há nenhum dogma no ocultismo, mas há um certo número de hipóteses, como em qualquer ciência. Os OCULTISTAS, julgam que " nada existe sem um propósito" ; eles argumentam que deve haver um " PLANO SUPERIOR' para a criação e evolução do Universo, que abrange as galáxias e os sistemas solares, os sóis e os planetas, os átomos e as plantas, os animais e toda a humanidade.

Dentro deste PLANO SUPERIOR estão os incontáveis PLANOS SECUNDARIOS de toda a Criação, cada qual entrelaçado e inter-relacionado num todo orgânico.

Todo o ocultista, conhece as Leis de Hermes Trismegisto, ou Leis Herméticas. São estas Leis que foram encontradas escritas nas famosas tábuas esmeraldinas, nas Pirâmides do Egito, e nada mais são do que leis que atualmente a física tradicional somente confirma. Elas explicam as regras que regem toda a criação, e são os preceitos que auxiliam todo o ocultista no caminho da Verdade.

Uma dessas Leis é a LEI DO KARMA, ou Lei de Causa e Efeito. Assim diz o Caibalion "Toda Causa tem seu Efeito; todo Efeito tem sua Causa; todas as coisas acontecem de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; existem muitos planos de causalidade, mas nada escapa à Lei" * Toda a ação física, ou ação mental (pensamento), retorna ao seu ponto de origem, como um bumerangue. A evolução prossegue sempre sob esta lei, e a experiência física (a re-encarnação) é apenas uma pequena parte dela.

Para entendermos este principio de evolução , esta Lei que rege todo o Mundo visível e invisível, é que devemos estudar o que os judeus chamam de 'Cabala" ou a "ARVORE DA VIDA" ou KABALAH (QABALAH).

Na tradição ocultista ocidental usamos um glifo, (que nada mais é que um conjunto de símbolos) representativos desta Árvore, e seu estudo prático, a meditação em seus símbolos e também o trabalho oculto prático (magia) proporciona ao estudante compreensão sobre esta Lei, e todas as outras Leis Herméticas (Caibalion*).

Muitos destes símbolos usados são Arquétipos, isto é, "conjuntos de símbolos" que foram definidos pelo psicólogo alemão Gustav Jung, como sendo a fonte que a nossa mente utiliza para chegar a uma definição, e que é comum a todo o gênero humano. Estes arquétipos são atemporais, e remontam à mais antiga memória da humanidade.

A Cabala (Qabalah) é indispensável ao Mago, e todo o Mago é Cabalista. A Magia é a arte de aplicar causas naturais para provocar efeitos surpreendentes. Existem dois caminhos para efetuar esta Magia, uma é a oriental Yoga, que, fazendo o vazio na mente, através da meditação e outras práticas físicas, procura alcançar a iluminação e a união com Deus. É uma fórmula mais passiva, e principalmente, subjetiva, que necessita de uma prática às vezes difícil para um ocidental.

No ocidente o Mago, mesmo pedindo ajuda a Yoga, utiliza o conhecimento das Sete Leis Herméticas aplicadas ao conhecimento da Cabala. Desta forma ele pode ter o controle sobre sua própria natureza, controlando cada elemento do seu corpo físico pelo exercício da VONTADE.

O Mago faz este caminho, quando se sente seguro para exercer este domínio, através da LUZ ASTRAL. E deve fazê-lo, principalmente por 3 motivos:

- na LUZ ASTRAL ele vai encontrar um reflexo exato de si mesmo, do seu SELF, em todas as suas partes e qualidades e atribuições, e um exame deste reflexo, tende naturalmente a um "autoconhecimento".

- a definição de LUZ ASTRAL, do ponto de vista da Magia é bastante vasto e encontra-se no Mundo de Azoth, Mundo que é compreendido entre o mundo físico e o mundo espiritual. Por isto a Luz Astral é uma "ponte" entre os dois mundos.

- antes de transpor esta porção do mundo invisível, deve ser conhecido e dominado cada aspecto. O Mago, deve submeter à sua vontade todos os elementos de uma esfera ( Sephira) que lhe obedecerão de maneira INEQUIVOCÁVEL, porque no MUNDO REAL, os símbolos são representações arbitrárias de uma experiência ordinária, mas no MUNDO ASTRAL, estes símbolos assumem uma existência real, uma realidade tangível, e por isso são da maior importância.

As Evocações e Invocações então não são feitas pelos magos por curiosidade, mas com o único objetivo de trazer estas facetas ocultas (símbolos) para a sua consciência para, com sua VONTADE, exercer o seu DOMÍNIO.

A palavra QABALAH (KABALAH ou CABALA) vem do hebraico QBL, CABAL que significa (segundo alguns) "receber". Assim a Qabalah seria "Aquilo que foi recebido".

Dizem que os Rabinos a receberam dos Anjos, dizem que Moisés a recebeu de Deus, mas sua semelhança com o ZEND AVEST de ZOROASTRO indica que os Judeus podem ter recebido seus princípios da mesma fonte que inspirou ZOROASTRO. OTZ CHIIM, ou a ÁRVORE DA VIDA, é na verdade a Arvore do Bem e do Mal, a Arvore do Conhecimento, citada no Antigo Testamento. Ela é conhecida também como Escada de Jacó.

A OUTRA PARTE


Numa rua qualquer de uma cidade...num dia chuvoso...uma cena até então intrigante.
Na cena um homem passa despercebido por uma linda mulher
que atende a filha a caminho do colégio. Ela o vê...mesmo preocupada com o calçado da filha e com o atraso pra chegar ao colégio... ela presta atenção daquele homem que acaba de passar.
E a vida segue, sem que ambos nem mesmo de longe...percebam o que o destino os prepara.
De muito longe...que não se sabe de onde....a terra sempre recebe os visitantes que aqui chegam pra passar um certo tempo...como se a terra fosse uma imensa escola e nós fossemos os alunos. Alunos que formarão seus pares para que o aprendizado seja mutuo.Num tempo longínquo...o espírito foi separado...homem – mulher e com a chegada na terra ambos se procuram...pra se completarem.
É assim que a vida segue........
Dias depois daquele encontro...aqueles dois voltam a se encontrar...e desta vez ele a vê...mas não entende o que nela lhe chama a atenção.
Seria seu tipo físico?....seria seu tipo extrovertida de ser? Ou seria algo que só mais tarde eles compreenderiam.....que ambos – um era a outra parte que faltava do outro. Pois daquele instante em diante nascia entre eles um amor tão intenso...tão puro que iria durar uma vida e uma eternidade. Para as pessoas ao redor...aquelas que não conheciam o verdadeiro sentimento do amor – tudo estava errado,pois os dois...cada um tinha seus compromissos particulares e o sentimento de ambos era inaceitável pela "Sociedade". Mesmo interrompido pelos incrédulos...aqueles que só acreditam no amor pelos bens materiais...aqueles que só crêem nos sentimentos de posse,aquele amor continuou...escondido na no fundo de cada um daqueles corações...feito uma perola preciosa.
Aqueles que julgaram...julgaram com olhos na matéria e não no coração e no espírito...pois se assim fizessem estariam entrando na mesma escola...pela qual todos os seres tem que passar pra aprender a verdadeira razão de amar.....
Este é o milagre da vida.
Este é o milagre do Espírito.......
Este é o milagre de Deus........
Este é o milagre...que faz com que as duas partes do espíritos nunca se separem.......

ESTA É A OUTRA PARTE

domingo, 1 de junho de 2008

MAGIAS RITUAIS SIMPATIAS

A Magia é a arte, a forma, o conhecimento, enfim, a sabedoria de manipular o Bem e o Mal. A Magia é uma ciência de "alta luz"; existe desde que existe o Universo. Magiar, na verdade, é despertar o Deus que há em nós. Assim aprenderemos a transformar os elementos, a restabelecer a harmonia, porque todos somos chamados, todos temos poder, amor, sabedoria; basta buscá-los, aprimorá-los se quisermos evoluir. Magiar é causar mudanças pelo poder. Ninguém se engane; em planetas iguais ou inferiores ao nosso a Magia Negra existe e ninguém, ninguém que deseje ascender ao Sagrado deve fazer uso dela. A Magia Negra é a perdição do espírito.

Rituais são formas exteriores e, às vezes, interiores de praticar magias, de fazer simpatias. Rituais são conjuntos de fórmulas, de práticas, executadas pela humanidade inteira, porque o mundo foi criado cheio de rituais.
Simpatias são sentimentos suaves, afinidades, uma forma de magia que todos poderemos realizar. As principais características para o êxito de uma simpatia são: fé, persistência, conhecimentos, merecimentos, necessidades.
Não pode haver ritual sem magia, nem magia sem ritual, da mesma forma que toda simpatia contém, ainda que minimamente, gotas de magia. A Magia e a Religiosidade são partes essenciais de nós.
Antes ou depois de magias, rituais, simpatias..., não se esqueça de acender velas conforme as finalidades.
Grande parte das pessoas que dão simpatias - pelo rádio, em jornais ou revistas - porque certamente não é bruxa, mago ou feiticeira, faz confusão com receitas. Receita está muito longe de ser simpatia.
BREVE COMENTÁRIO SOBRE A CABALA
Como ciência de "alta luz", a Magia tem na Cabala uma auxiliar preciosa. A Cabala é o tratado esotérico dos hebreus. Nela está contida grande parte da Sabedoria Universal.
As 22 letras do alfabeto hebraico, assim como os números, estão cheias de energias, de forças, de inteligências e de segredos cósmicos; por isso, os cabalistas lhes dão tanta importância como dão aos símbolos e aos sinais. Ela estuda o sentido secreto da Bíblia, os segredos hierárquicos da Natureza, os mistérios da Trindade, da criação e da formação do mundo. Sempre foi transmitida oralmente e só há bem pouco tempo tem sido escritos livros sobre esta Ciência.
Os livros mais importantes da Cabala são: O Zohar, o Livro do Esplendor, o Livro da Imagem e o Livro da Criação.
Através desta ciência, os Angelólogos puderam estudar e compreender as relações dos homens com os Anjos.
Para saberem os nomes dos Príncipes e dos Anjos de cada uma das categorias, os cabalistas tomaram por base o número 72, resultado da inscrição do nome de Deus (Ieve ou Jehovah), dentro de um triângulo sagrado, denominado "Tetragramaton.
A Cabala surgiu, como ciência relevante, no primeiro século depois de Cristo.

MENSAGENS




Olá a todos, Para quem vem acompanhando as palestras que venho postando sobre diversos assuntos, chegou a hora de conhecermos um pouco mais sobre o palestrante. As informações que irei transcrever aqui não são ficcção. Quem já tem noções do que é Plano Astral, comando Ashtar, Transição Planetaria, Ascensão, vidas passadas, etc... não deverá ter dificuldade em assimilar isto. Volto a frizar que NÃO é história de faz-de-conta. A narrativa a seguir irá descrever todo o processo pelo qual passou o ser que aqui na Terra foi batizado de Aldomon, mas cuja identidade cósmica na verdade chama-se Alderan. Todo o processo, antes de encarnar o que ele fazia, como era a vida dele em outros mundos, depois de encarnar como foi o despertar da consciencia e toda a extensa preparação recebida para executar a sua única e exclusiva missão de vida aqui na Terra, que é trazer informações verdadeiras e consitentes sobre a realidade maior que nós cerca. Todos irão reparar que o método pelo qual esse ser acessa outras realidade é a Projeção Astral e Mental, altamente capacitada e treinada em um nivel muitissimo além dos níveis de quaisquer "mestres" ou "professores" de quaisquer institutos, escolas ou grupos que se tenha noticia por aí a fora. Ou seja, não é "canalização" mas sim EXPERIENCIAS - o ser acessou outras realidades, experienciou, "viu", "tocou", "sentiu", "escutou", "interagiu" tudo isso em PLENA consciencia e PLENA lucidez, e então trouxe para cá as informações. Alderan ou Aldomon é comandante de uma unidade que integra o Comando Ashtar, e se reporta diretamente a Ashtar Sheran. As informações por ele trazidas são as mais detalhadas e confiaveis que se tem sobre Comando Ashtar que eu já tenha visto até os dias de hoje, nos meus 7 anos de busca. Para quem é entendido de projeção Astral ainda verá todo o extenso preparo que Aldomon teve em seus corpos fisicos e sutis visando a máxima eficiencia da transferencia de memória entre os corpos (mental->astral->fisico), ou seja, ele nasceu com o exclusivo propósito de desenvolver essas faculdades ditas 'paranormais', muito além dos limites conhecidos, para nos trazer as informações que estou colocando para a apreciação de todos. Para quem quiser confrontar as informações trazidas por Aldomon, poderá ver em outras fontes que não tem e nunca tiveram contato com o mesmo, que as informações dessas fontes batem com bastante precisão. Entre as muitas fontes que ressonaram com o material trazido por Aldomon eu cito aqui o Grupo de Estudos Ramatis (GER-RIO e o GER-Vitória) e outras tantas mais que estão a disposição de quem quiser ir atrás e pesquisar. Outra coisa, os trabalhos do Aldomon segundo me consta, começaram pra valer em 1995 quando ele fundou a SVCA (Sociedade Voluntarios do Comando Ashtar). Na internet a divulgação do seu trabalho prosseguiu até meados de 2002. Depois o site ficou sem ser atualizado até que por volta de 2003 saiu fora do ar e pelo menos na Internet não houve mais noticias do trabalho dele. O que sei é que o periodo de divulgação em massa das informações acerca da Transição Planetaria foi encerrado. O que se tinha para ser transmitido sobre esse tema já foi feito a contendo não só pelo trabalho dele mas como o de muitos outros mensageiros espirituais também. Oficialmente estamos vivenciando o breve momento de calmaria que precede as tempestades, o tempo restante é muito curto, o tempo remanescente(antes das Transformações no Planeta começarem em larga escala) é suficiente para "preparar para o impacto".

sábado, 31 de maio de 2008

REENCARNAÇÃO X RESSURREIÇÃO


A reencarnação sempre fez parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição (só os saduceus não acreditavam nisso). Criam eles que um homem poderia reviver, mas não sabiam explicar como. Designavam como ressurreição o que o espiritismo mais judiciosamente chama de reencarnação. A ressurreição presume a idéia de voltar á vida o corpo que já está morto, o que a ciência demonstra ser materialmente impossível; como reunir todos os elementos que o compõem quando já dispersos e absorvidos; A reencarnação é a volta da alma ou espírito á vida corpórea, mas em outro corpo que não tem nada de comum com o antigo.
Chamada também de palingenesia, de duas palavras gregas-Palin, de novo; gênesis, nascimento. Notável observar-se que desde os albores da Civilização, ela foi formulada na Índia; desde a mais remota antiguidade, os povos da Ásia e da Grécia acreditavam na imortalidade da alma; Pitágoras, Sócrates, Platão, Orígenes, Virgílio entre tantos outros foram precursores da reencarnação.
O cristianismo rejeitou a reencarnação porque sua visão abalava a autoridade da Igreja onde a salvação não dependia da relação do indivíduo com ela, mas sim da relação do indivíduo com Deus; daí tantos conflitos e criaturas queimadas em fogueiras por acreditarem na comuncabilidade dos espíritos, na sobrevivência da alma e na reencarnação; foram considerados heréticos, bruxos etc... Por este receio foi que em 325dc, o imperador Constantino o Grande e sua mãe, Helena, suprimiram as referências á reencarnação contidas no Novo-Testamento. O segundo concílio de Constantinopla, reunido em 553dc validou este ato, declarando herético o conceito da reencarnação. Aparentemente ele enfraqueceria o poder crescente da Igreja, dando aos homens tempo demais para a salvação. (inf. Colhida por Dr. Brien Weiss no livro do curso de religiões comparadas que freqüentou em Columbia) Haveria de fato referências á reencarnação no Novo e Velho Testamentos. Para melhor conhecimento do assunto necessário o seu estudo e de forma séria.”O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá. Quem deseje tornar-se versado numa ciência tem que a estudar metodicamente, começando pelo princípio e acompanhando o encadeamento e o desenvolvimento das idéias. Não se pode julgar a priori, levianamente, sem tudo ter visto, sem imprimir á seus estudos a continuidade, a regularidade e o recolhimento necessários”. (Allan Kardec na introdução de O Livro dos Espíritos item VIII).
Renascemos, isto é um fato, e trazemos conosco a herança boa ou má do nosso passado; renascemos para saldar as nossas dívidas e conquistar novas vitórias que nos auxiliarão em nosso crescimento, em nossa ascensão, acelerando nossa caminhada. A reencarnação é a única forma racional por que se pode admitir a reparação das faltas cometidas; se assim não fora, não poderíamos crer em justiça, em um ser infinitamente bom e justo, único e perfeito.Precisaríamos acreditar em inferno para onde Deus enviaria seu filhos para queimarem eternamente, e, se nós imperfeitos que somos não condenamos nossos filhos para sempre impossível conceber esta atitude NELE; teríamos que admitir a injustiça, a incoerência presidindo a repartição dos bens, dos males, das aptidões etc. “Por que para uns a fortuna, a felicidade constante e para outros a miséria, a desgraça inevitável? Para estes a força, a saúde, a beleza;para aqueles a fraqueza, a doença a fealdade? Por que a inteligência, o gênio, aqui; e acolá a imbecilidade? Como se encontram tantas qualidades morais admiráveis, a par de tantos vícios e defeitos?Por que há raças tão diversas?...E as enfermidades inatas, a cegueira, a idiotia, as deformidades, todos os infortúnios que enchem os hospitais, os albergues noturnos, as casas de correção? Por que também as crianças mortas antes de nascerem e as que são condenadas a sofrer desde o berço? E os jovens prodígios? Nada se consegue justificar com a unicidade da existência. Ao contrário, tudo se explica, se torna claro com a doutrina das vidas sucessivas. A lei de justiça revela-se nas menores particularidades. Cada um leva para a outra vida e traz, ao renascer a semente do passado.
“Conhecereis a verdade e ela vos libertará” – “Amai-vos e instruí-vos” – “Deus lhes impõe a reencarnação com o fim de fazê-los chegar á perfeição”.

(texto de ZILDA SANTIAGO MACIEL)

Catolicismo

Catolicismo Vertente do Cristianismo mais disseminada no mundo, o Catolicismo é a religião que tem maior número de adeptos no Brasil. Baseia-se na crença de que Jesus foi o Messias, enviado à Terra para redimir a Humanidade e restabelecer nosso laço de união com Deus (daí o Novo Testamento, ou Nova Aliança).
Um dos mais importantes preceitos católicos é o conceito de Trindade, ou seja, do Deus Pai, do Deus Filho (Jesus Cristo) e do Espírito Santo. Estes três seres seriam ao mesmo tempo Um e Três.
Na verdade, existem os chamados Mistérios Principais da Fé, os quais constituem os dois mais importantes pilares do Catolicismo. Eles são:
· A Unidade e a Trindade de Deus.· A Encarnação, a Paixão e a Morte de Jesus.
O termo "católico" significa universal, e a primeira vez em que foi usado para qualificar a Igreja foi no ano 105 d.C., numa carta de Santo Inácio, então bispo de Antioquia.
No século 2 da Era Cristã, o termo voltou a ser usado em inúmeros documentos, traduzindo a idéia de que a fé cristã já se achava disseminada por todo o planeta. No século 4 d.C., Santo Agostinho usou a designação "católica" para diferenciar a doutrina "verdadeira" das outras seitas de fundamentação cristã que começavam a surgir.
Mas foi somente no século 16, mais precisamente após o Concílio de Trento (1571), que a expressão "Igreja Católica" passou a designar exclusivamente a Igreja que tem seu centro no Vaticano. Cabe esclarecer que o Concílio de Trento aconteceu como reação à Reforma Protestante, incitada pelo sacerdote alemão Martin Lutero.
Em linhas gerais, podemos afirmar que o Catolicismo é uma doutrina intrinsecamente ligada ao Judaísmo.
Seu livro sagrado é a Bíblia, dividida em Velho e Novo Testamento. Do Velho Testamento, que corresponde ao período anterior ao nascimento de Jesus, o Catolicismo aproveita não somente o Pentateuco (livros atribuídos a Moisés), mas também agrega os chamados livros "deuterocanônicos": Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus e alguns capítulos de Daniel e Ester. Esses livros não são reconhecidos pelas religiões protestantes.
O Catolicismo ensina que o fiel deve obedecer aos Sete Sacramentos, que são:
Batismo: O indivíduo é aceito como membro da Igreja, e portanto, da família de Deus.
Crisma: Confirmação do Batismo.
Eucaristia (ou comunhão): Ocasião em que o fiel recebe a hóstia consagrada, símbolo do corpo de Cristo.
Arrependimento ou Confissão: Ato em que o fiel confessa e reconhece seus pecados, obtendo o perdão divino mediante a devida penitência.
Ordens Sacras: Consagração do fiel como sacerdote, se ele assim o desejar, e após ter recebido a preparação adequada.
Matrimônio: Casamento.
Extrema-unção: Sacramento ministrado aos enfermos e pessoas em estado terminal, com o intuito de redimi-las dos seus pecados e facilitar o ingresso de suas almas no Paraíso.
O Culto a Maria e aos santos
Além do culto a Jesus, o Catolicismo enfatiza o culto à Virgem Maria (mãe de Jesus Cristo) e a diversos santos. Este, aliás, foi um dos pontos de divergência mais sérios entre a Igreja Católica e outras correntes cristãs. Para os evangélicos, por exemplo, a crença no poder da Virgem e dos santos enquanto intermediadores entre Deus e os homens constitui uma verdadeira heresia. No entanto, os teólogos católicos diferenciam muito bem a adoração e a veneração: eles explicam que, na liturgia católica, somente Deus é adorado, na pessoa de Jesus, seu filho unigênito. O respeito prestado à Virgem Maria e aos santos (estes últimos, pessoas que em vida tiveram uma conduta cristã impecável e exemplar) não constitui um rito de adoração.
Vale ressaltar que o processo de canonização - que consagra uma pessoa como "santa" - é minucioso, estende-se ao longo de vários anos e baseia-se numa série de relatos, pesquisas e provas testemunhais.
Céu e o Inferno
A recompensa máxima esperada pelo fiel católico é a salvação de sua alma, que após a morte adentrará o Paraíso e lá gozará de descanso eterno, junto de Deus Pai, dos santos e de Jesus Cristo.
No caso de um cristão morrer com algumas "contas em aberto" com o plano celestial, ele terá de fazer acertos - que talvez incluam uma passagem pelo Purgatório, espécie de reino intermediário onde a alma será submetida a uma série de suplícios e penitências, a fim de se purificar. A intensidade dos castigos e o período de permanência nesse estágio vai depender do tipo de vida que a pessoa levou na Terra.
Mas o grande castigo mesmo é a condenação da alma à perdição eterna, que acontece no Inferno. É para lá que, de acordo com os preceitos católicos, são conduzidos os pecadores renitentes. Um suplício e tanto, que jamais se acaba e inclui o convívio com Satanás, o senhor das trevas e personificação de todo o Mal.
Mas quais são, afinal, os pecados?Pecar é não obedecer aos 10 Mandamentos de Moisés, incorrer num dos Sete Pecados Capitais, desrespeitar os 5 Mandamentos da Igreja ou ignorar os Mandamentos da Caridade.
Os 10 Mandamentos da Lei de Deus são:
1. Amar a Deus sobre todas as coisas.2. Não tomar Seu santo nome em vão.3. Guardar domingos e festas.4. Honrar pai e mãe.5. Não matar.6. Não pecar contra a castidade.7. Não furtar.8. Não levantar falso testemunho.9. Não desejar a mulher do próximo.10. Não cobiçar as coisas alheias.
Os Sete Pecados Capitais são:
1. Gula2. Vaidade3. Luxúria4. Avareza5. Preguiça6. Cobiça7. Ira
Os Mandamentos da Igreja são:
1. Participar da Missa nos domingos e festas de guarda.2. Confessar-se ao menos uma vez ao ano.3. Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição.4. Santificar as festas de preceito.5. Jejuar e abster-se de carne conforme manda a Santa Madre Igreja.
E os Mandamentos da Caridade são:
1. Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente.2. Amarás a teu próximo como a ti mesmo

As diferenças entre a Umbanda e o Candomblé

Esses são alguns tópicos que relacionei sobre as diferenças entre a Umbanda e o Candomblé, e com isso você poderá aprender um pouco mais sobre a religião.
Alguns grupos de Umbanda assimilam mais elementos do espiritismo, dando origem à umbanda de mesa, que nesse tipo de ritual os adeptos costumam chamar de "Mesa Branca". Porém a maior predominância é dos rituais que parecem semelhantes aos do Candomblé. Essa predominância varia de terreiro para terreiro, dependendo da doutrina de cada pai ou mãe de santo, se essa predominância for muito grande, chamamos de "Umbandomblé".
Apesar de alguns rituais e entidades serem as mesmas do Candomblé, existem ainda algumas particularidades que diferenciam a Umbanda do Candomblé, por exemplo os orixás no Candomblé não se comunicam diretamente com a assistência. Para que a assistência possa saber alguma coisa para melhorar sua vida, ela precisa falar com o Babalorixá que consultará os Búzios, só assim os orixás poderão orientar a pessoa sobre seus problemas.
Na Umbanda, a assistência pode consultar as entidades diretamente, sem precisar do jogo de Búzios, uma vez que as entidades podem utilizar o corpo do médium para se comunicar. Essa consulta só pode acontecer nos dias de gira de trabalhos, essa gira é especialmente para isso. Existem outras giras, como por exemplo a Gira de Desenvolvimento, onde os médiuns novatos praticam e se aperfeiçoam na comunicação com o orixá e entidades.
Há ainda para se dizer que na Umbanda os orixás maiores ou santos (Iemanjá, Oxóssi, Xangô, Ogum, Oxum, Iansã, etc) não falam, quando eles "baixam" no terreiro, só sua presença já é uma benção, os santos não tem a falange (linguajar) para que as pessoas possam entender, eles já transcenderam da Terra há muitos anos e adquiriram muita luz, portanto, aqui na Terra, o máximo que fazem são emitir sons (ou mantras) como por exemplo o canto de Iemanjá, que para uns pode ser um canto e para outros um choro.
As consultas ficam por conta das entidades de cada linha como por exemplo: os baianos, preto-velhos, boiadeiros, marinheiros, crianças, etc, que por estarem mais próximos de nossa realidade (pois desencarnaram a apenas algumas décadas - como no caso dos pretos-velhos), podem nos ajudar por conhecerem bem mais de perto os problemas terrenos.
Outra característica marcante é o congar de um terreiro de Umbanda que tem, lado a lado, imagens de santos católicos (estes representando os orixás) e imagens das entidades (marinheiros, caboclos ameríndios, pretos-velhos, crianças, etc) e também podem ter outras imagens como de Santa Luzia, Santo Agostinho, Santo Expedito, etc. Em terreiros de candomblé cada orixá tem seu lugar, como por exemplo um quartinho, onde ficam os objetos do orixá.
Os médiuns também não precisam ficar o dia inteiro no terreiro e nem dedicar todo o seu dia a ele, basta apenas ter a responsabilidade de estar nos dias de gira e cumprir sua missão com amor e caridade no coração.
Os médiuns não incorporam cada um um orixá, os médiuns seguem a linha que os tabaqueiros e o Ogan (sabendo-se que ele só irá puxar um ponto quando o Pai ou Mãe de Santo autorizar) puxam, por exemplo, se estiverem cantando um ponto sobre Oxóssi, os médiuns e a assistência já sabem que quem vem para trabalhar são os caboclos.
Outra diferença básica é como os médiuns se preparam para incorporar, ao contrário do Candomblé que dançam num círculo em movimento, rodopiando seus corpos ao som dos atabaques e outros instrumentos, na Umbanda o médium fica parado, acompanhando por palmas os pontos cantados e esperando o momento exato para a incorporação dos orixás ou das entidades.
Para os médiuns novatos, a Mãe ou Pai de Santo "puxam" a linha dos orixás fazendo o sinal da cruz em sua testa e trazendo os orixás para que médium que ainda não tem experiência suficiente para incorporar o orixá sozinho, possa trabalhar (porém nesse estágio ainda não podem dar consultas nem passes).
A música também é bem diferente, uma vez que no Candomblé vai depender de que nação é, já na Umbanda os cânticos são todos cantados em português.
As roupas são brancas em geral e o uso das cores fica reservado para os Pais e Mães de Santo e em dias de festa e homenagem no terreiro.
As roupas pretas e vermelhas são usadas em dia de Gira de Exu, e também reservado apenas ao direito do médium de incorporação e Pais e Mães de Santo, os outros médiuns (novatos, ogans, cambones, etc) devem usar roupas brancas somente ou com uma fita vermelha presa a sua cintura.
A assistência deve sempre ir a um terreiro de roupas claras, deixando-a escura para as giras de exus, ainda assim muitos terreiros orientam aos freqüentadores a usar a roupa branca; na Umbanda, o branco significa proximidade com a clareza, paz de espirito e abertura de seu corpo para as coisas boas (uma vez que o preto significa luto - corpo fechado) se a pessoa quer receber uma graça, ela deve estar receptiva para que isso aconteça. Cada orixá vibra em uma cor, por exemplo, Oxossi vibra na cor verde assim como Iansã na cor amarela, mas indiscutivelmente o branco (Oxalá) é aceito por qualquer linha.
Linhas e Falanges -- No candomblé os orixás formam um sistema, estando ligados por laços de casamento e descendência; por exemplo: Nanã é a ancestral feminina, a avó, enquanto Ogum é filho de Oxalá com Iemanjá e assim por diante. Assim no candomble cada orixá tem sua história, suas paixões, lutas e apresentam preferências alimentares de cada um, cores, roupas, adereços, etc.
Os espíritos dos antepassados bantos e as entidades ameríndias - os caboclos - não apresentam esse tipo de organização: estão distribuídos em aldeias, reinos, tribos e, em vez de formarem um sistema, justapõem-se entre si. Com a influência do kardecismo, a Umbanda usa para sua organização o que chamamos de LINHAS e FALANGES - princípios de organizações e classificação dos espíritos. Linhas e Falanges constituem divisões que agrupam as entidades de acordo com as afinidades intelectuais e morais, origem étnica e, principalmente, segundo o estágio de evolução espiritual em que se encontram, no astral.
De acordo com os mais variados critérios e sem limite de número, o que na prática se traduz em uma multiplicidade de esquemas, a partir das sete linhas tradicionais da Umbanda, por sua vez subdivididas em sete falanges ou legiões.
Linha de Oxalá
Linha de Iemanjá ou Linha das Águas
Linha de Oxóssi
Linha de Xangô
Linha do Oriente / Linha de Cosme e Damião*
Linha Africana ou das Almas
Linha de Ogum

Os Orixás e as Entidades na Umbanda


Aqui estão relacionados os orixás mais cultuados na Umbanda. Variando de terreiro pra terreiro podem aparecer outros cultos como por exemplo para Obá e Ossãem. Além desses, há a incorporação de outras entidades como : crianças, pretos-velhos, baianos, boiadeiros e marinheiros. Existem ainda outros terreiros em que podem aparecer a linha das almas onde as pessoas incorporam pessoas da família que trabalharam no espiritismo e também outros santos como Joana D'Arc, porém esse tipo de trabalho é muito raro.
OXALÁ
Oxalá a autoridade Suprema na Umbanda. Oxalá na Umbanda é Jesus Cristo. Ele é quem dá as ordens aos orixás para virem até a Terra ajudar seus filhos. Sua imagem é qualquer representanção de Jesus Cristo, normalmente sem a Cruz. Não há incorporação de Oxalá na Umbanda. Cor : Branca
OGUM
Ogum na Umbanda é São Jorge, ou como os umbandistas chamam São Jorge Guerreiro. Ogum é o orixá que vence demanda, que protege seus filhos e guarda sua casa. Ogum é um orixá que vira na esquerda, pois é chefe de Exu, essa característica pode ser percebida uma vez que seu nome aparece também em pontos cantados de Exu. Sua imagem é de São Jorge sobre o cavalo, mas também pode ser uma imagem de um Ogum especificamente (dependendo do terreiro).
Ogum tem em sua falange, outros Oguns que vem em seu nome, alguns deles se apresentam como : Ogum Megê, Ogum de Lei, Ogum Rompe Mato, Ogum Iara, Ogum Sete Ondas, Ogum Beira Mar, entre outros.
A incorporação de Ogum é fácil de se perceber : Seus filhos tomam uma forma militar com os ombros retos, peito estufado, andar ereto e com a mão ou dedo esticado acima da cabeça. Cor : Vermelho e branco
XANGÔ
Orixá da Justiça, Xangô na Umbanda é São Jerônimo. Diz a lenda no Candomblé que Xangô teve três esposas : Iansã, Oxum e Obá. Xangô tem como lugar as pedreiras. Sua imagem é representanda por um ancião sentado sobre as pedras, segurando a tábua dos 10 Mandamentos e com um leão ao lado. Xangô tem sua falange também, o mais conhecido é Xangô Kaô. Cor : Marrom
IEMANJÁ
Rainhas do Mar, é um do orixás mais conhecidos do Brasil. Senhora das águas, não há filho que não faça sua reverência ao por seus pés no mar. Iemanjá é Nossa Senhora da Imaculada Conceição na Umbanda. Iemanjá é conhecida nos terreiros pelo seu canto longo (outros dizem que é uma espécie de choro), suas mãos fazem movimentos para frente e para cima como se fossem ondas do mar. Iemanjá não tem uma falange especifica, porém em sua linha há as sereias e princesas do mar, conhecida por Janaína. Sua imagem é representada por uma mulher de cabelos compridos e negros, com um vestido azul comprido de mangas largas sobre as águas e com flores a sua volta, de suas mãos saem gotas de águas que mais se parecem com moedas (a riqueza do mar), na cabeça uma coroa que pode ter uma estrela no centro. Cor : Azul ou Azul e Branco
IANSÃ
Iansã é a rainha dos ventos e tempestades, na Umbanda também é reverenciada por Santa Bárbara ou como os umbadistas chamam A Virgem da Coroa. Iansã é a santa de expressão séria e de porte de guerreira, batalhadora e lutadora. Iansã na umbanda incorpora com expressão altiva e com o braço direito estendido para cima e com a mão direita a balançar, como se estivesse chamando os raios. Iansã pode aparecer na corrente tanto na sua própria linha como na linha de Iemanjá - adentrando assim na linha das águas. A imagem de Iansã no terreiro é a imagem de Santa Bárbara, ou seja, uma moça de cabelos claros com uma túnica vermelha por cima de um vestido amarelo, pode estar segurando um ramo ou uma espada. Cor : amarelo-ouro
OXUM
Oxum a Senhora das águas doces, dos rios e cachoeiras. Na Umbanda ela é saudada como Nossa Senhora Aparecida. No terreiro Oxum com sua expressão serena aparece com os braços esticados na altura da cintura, fazendo o movimento circulares e para frente. Normalmente vem na linha das águas, logo após a incorporação de Iemanjá (isso pode variar de terreiro pra terreiro). Cor : roxo ou azul escuro.
Linha de Cosme, Damião e Doun ou Linha das Crianças
Os filhos de Ogum são a presença mais alegre da Umbanda. A presença das crianças na Umbanda traz renovações e esperança, reforçando a natureza pura e ingênua dos seres humanos. É a linha que mais cativa as pessoas, pelo ar inocente que traz na face do médium. Aliás essa linha é fácil de perceber a incorporação pois o semblante da pessoa fica suave, sua voz mais fina e sempre com aquele ar de criança. Por sua natureza e pelos padrinhos da linha A linha de Cosme e Damião também traz a cura para os males do corpo e do espírito, além de darem proteção e benção extra as crianças. Podem aparecer no decorer do ano, mas o seu dia de comemoração acaba virando uma grande festa de aniversário, onde tem bolo, bexigas, doces e refrigerante, não faltando é claro o "Parabéns à você".
Linha dos Pretos-Velhos
A linha mais experiente da Umbanda e sem dúvida a mais respeitada das entidades, pelo seu sofrimento e pela sua sabedoria e humildade. É isso tudo que passa a linha dos pretos-velhos, o que um preto velho fala ninguém discute. Como diz seu próprio ponto cantado "Filhos de Umbanda não tem querer" é assim que eles vem : trazendo saúde e esperança, ajudando seus filhos e cobrando deles a humildade e bondade no espírito. Se existe algo que os pretos-velhos não admitem é a soberbia em seus filhos de fé. Sua homenagem fica para o dia 13 de Maio, dia da libertação dos escravos. Nesse dia os filhos de umbanda servem a eles uma mesa repleta de legumes, verduras cozidas, feijão de corda e feijoada e frutas docinhas, uma vez que serviram tanto a nós em outras épocas.

A Organização de um Terreiro de Umbanda


Na parte espiritual as principais autoridades umbandistas são os pais-de-santo ou mães-de-santo ou madrinhas, que incorporam as entidades, zelam pela manutenção da doutrina e presidem as sessões realizadas no terreiro (o templo). Abaixo deles estão os pais e mães pequenos, filhos ou filhas-de-santo, que também são médiuns. Há ainda os auxiliares de culto, que ajudam a organizar o terreiro e assessoram os pais-de-santo e médiuns de incorporação durante as sessões. Os auxiliares mais conhecidos são :
Cambones : São os médiuns que cuidam do orixá, servindo suas bebidas, comidas, o cigarro ou charuto, suas vestes, escrevendo para ele, enfim auxiliando em todo o trabalho. O cambone é, sem dúvida alguma, o médium mais difícil de doutrinar (aprender), por que ele deve conhecer como é cada orixá , saber o que cada orixá como, o que bebe, saber servir enfim é uma arte.
Ogan : Os ogans são os responsáveis pela "puxada" dos pontos do terreiro. Eles devem ser detentores da sabedoria e reconhecer qual ponto deve ser puxado para qual entidade. Para os ogans a parte que deve ser mais difícil é não saber o que mas sim o quando. Um ogan deve no mínimo conhecer 7 pontos de cada entidade e de cada momento (pontos de abertura, saudações, pontos de bater cabeça, etc).
Tabaqueiros : Os tabaqueiros são os responsáveis pela curimba, ou seja, pelo toque das atabaques. Um toque diferente pode comprometer qualquer trabalho e ainda ser responsável pelo cruzamento da linha com o candomblé. É muito importante o entrosamento com o Ogan, uma vez que dependem dele para saber o ponto que será puxado e assim poder dar o toque. Os tabaqueiros também devem saber quando, como e porque de cada toque, repique, etc.

Mediunidade e Iniciação na visão da Umbanda

Todos nós somos espíritos encarnados e, consequentemente, se perecíveis no corpo físico, imortais em nossa essência que segue sua via evolutiva conforme as Leis Cármicas. Entretanto, ainda estamos muito distantes dos princípios da espiritualidade superior, sendo prova disto a limitação que temos para perceber o Mundo Astral e também a nós mesmos em nossas várias encarnações, sem falar da situação das relações de troca injustas entre humanos e das infames guerras fratricidas.
A Umbanda ensina que sem Caridade não há Salvação e que não se deve esperar a Iluminação sem se desvencilhar do Egoísmo, da Vaidade e do Orgulho. O caminho preconizado é o da Simplicidade, da Humildade e da Pureza. Uma via longa e penosa quando se pretende sair da Ilusão e, realmente, partir para a conquista destes altos valores do espírito, capazes de nos libertar do obscurecimento consciencial a que estamos submetidos.
Tão difícil é esta via que seria praticamente impossível atingir estes objetivos sem o concurso dos Mestres da Simplicidade, da Humildade e da Pureza, transfigurados nas entidades que baixam nos terreiros de Umbanda. Pela nossa condição moral, não haveria como estes Mestres chegarem até nós, a não ser pela mediunidade.
Assim, médiuns são aqueles espíritos que receberam, antes da presente encarnação, determinados ajustes em seu Organismo Astral e nas suas concepções morais, que possibilitem ceder sua constituição física à comunicação mediúnica, trabalhando em prol da Caridade e da evolução, própria e dos seus semelhantes. Este é um compromisso firmado entre este Ser e os Espíritos da Confraria Cósmica de Umbanda antes do nascimento e que deve florescer de maneira natural ao longo da encarnação do indivíduo.
Atualmente, raros são os médiuns com atividades positivas e ligados a Espíritos com ordens e direitos do Astral Superior. Também o grau de atividade da faculdade mediúnica varia entre os médiuns, de acordo com seu grau consciencial e com a sua experiência ao longo das encarnações exercendo esta faculdade.
Deixo claro que não é necessário ser médium para ser umbandista e a mediunidade não é uma dádiva estendida a "eleitos" ao reino dos Céus. Na verdade, os médiuns são espíritos de alguma forma comprometidos carmicamente com a evolução planetária, na maioria devedores antigos que, em maior ou menor grau, são cientes de seus débitos e trabalham para quitá-los perante a Lei.
Alguns destes médiuns são espíritos velhos no Planeta, que embora possam ter-se desviado, em algum momento, da via justa da evolução, carregam consigo considerável experiência e conhecimento, tanto das coisas do espírito como das forças da Natureza e, principalmente, da psicologia humana. Estes são chamados Iniciados, cada um dentro de seu grau, da Corrente Astral de Umbanda.
A Iniciação é um processo contínuo, que se desenvolve no decorrer de várias e várias encarnações dedicadas a este aprendizado, também não acaba nunca pois é infinita a evolução espiritual e cada minúscula porção de conhecimento trazido por um iniciado deve ser fruto da sua própria vivência orientada por mestres. Sim, cada fio de cabelo da cabeça de um Iniciado é contado...
A Iniciação de Umbanda não é vetada a ninguém, todavia pouquíssimos carregam este selo conferido pelas Hostes do Bem, como um legado cármico. Muitos ainda surgirão, e cada vez de maior porte. Àqueles que iniciam agora a jornada, lembro que muitas vidas os aguardam e cada pequeno degrau é alçado às custas de um esforço indescritível, mas não impossível.
Afirmo que não há, na Umbanda, um Sumo-pontífice, embora respeitemos as religiões que têm tal cargo. Nossos pontífices (pontifex-aquele que constroi a ponte até o Divino) são as Entidades que baixam nos terreiros e nos conduzem à nossa essência em nome de Oxalá.
Sei, igualmente, que as Federações e similares, têm um papel predominante de coligações entre humanos encarnados, sem uma maior representatividade espiritual. No entanto, existe uma tendência de que no decorrer do tempo (talvez décadas ou séculos) comece a haver uma profunda união entre os vários templos de Umbanda, fruto do compartilhamento dos mesmos princípios e diretrizes, adaptados às coletividades de cada terreiro.
No futuro, todos os que dirigem terreiros serão verdadeiros Sacerdotes Iniciados de Umbanda e poderão promover um atendimento aos seus consulentes em uma profundidade compatível com seu grau iniciático, podendo o consulente ser encaminhado a outros templos irmanados de acordo com suas necessidades. Enfim, a Umbanda vem mostrando que os laços eternos são os do Espírito...

Aspectos Básicos da Doutrina de Umbanda


Uma visão geral dos vários tipos de ritual, encontráveis nos terreiros de Umbanda, não mostra prontamente a Doutrina de Umbanda. Isto se deve à presença do sincretismo que mascara a verdadeira Doutrina, de forma a se adaptar às necessidades da população que freqüenta os templos afins. Os princípios que servem de base para todo o Movimento Umbandista são sensíveis, especialmente, nos Templos Iniciáticos e nos rituais internos de alguns terreiros, onde se percebe um interesse maior na busca da evolução espiritual, sem os véus da ilusão ditados pelo mito.
Partindo desta observação, podemos obter duas informações preciosas: A primeira é que, se fôssemos tentar compor uma Doutrina consistente, a partir das manifestações sincréticas, seria impossível atingir um quadro coerente, e mesmo que fosse possível, o mesmo ainda estaria absolutamente distante dos ensinamentos transmitidos pela "corrente iniciática". A segunda informação importante é a de que, excluindo-se as manifestações do sincretismo nos diversos terreiros de Umbanda, é possível isolar determinados pontos de semelhança e conceitos compartilhados, que apontam para um sistema lógico, inicialmente insuspeitado, que encontra-se velado pelo caos aparente.
Dentre as semelhanças existentes entre os diversos terreiros ressalta-se a presença de Seres Espirituais da Corrente Astral de Umbanda que se manifestam pela incorporação nas formas de "Caboclos", "Pretos-velhos" e "Crianças". Este pode-se considerar o ponto básico que serve até como qualificador da doutrina professada por determinado núcleo espiritualista. A homogeneidade no encontro deste fator que eclodiu em coletividades distintas e fez surgir o Movimento Umbandista, leva à conclusão que a Doutrina de Umbanda é fruto da revelação destas entidades através de seus médiuns e não o resultado de uma miscigenação de cultos afro-ameríndios.
A partir desta pedra angular, constrói-se toda a Doutrina de Umbanda, fundada no Tríplice Caminho constituído pela Doutrina Mântrica, pela Doutrina Yântrica e pela Doutrina Tântrica que velam o mistério da Cosmogênese. Todos os processos relacionados à evolução dos Seres Espirituais no Reino Natural são observados à luz destes princípios ternários e através da lei das analogias, aplicados desde o nível microssomático até o macrocósmico.
As entidades que se apresentam na Umbanda vêm personificar a Simplicidade, a Pureza e a Sabedoria, em nome de Oxalá - o Cristo Jesus - o Tutor Máximo do Planeta Terra. Através de seus conselhos, exemplos e mesmo da movimentação das forças naturais, conseguem acender a chama da Fé no coração dos consulentes que procuram os templos de Umbanda. A partir da Fé e da Razão incutem, gradualmente, na coletividade planetária, a compreensão dos mecanismos da reencarnação, das Leis Cármicas, das atrações por afinidade e sintonia e ensinam-nos os meios para caminhar seguramente em direção da nossa própria essência espiritual.
Estas Entidades de grande evolução, na verdade, são nossos Ancestrais Primevos, os primeiros seres a encarnar no Planeta Terra e que eram senhores do Conhecimento Integral já na época de suas encarnações, anteriores aos Atlantes. Toda a Sabedoria Planetária revelou-se como Aumbandan e deu origem, posteriormente a todas as filosofias, ciências, artes e religiões que conhecemos atualmente. É por este motivo que encontramos na Doutrina de Umbanda vários conceitos que ainda foram conservados por alguns setores filo-religiosos.
Na verdade, o surgimento das religiões e todo conhecimento fragmentário da atualidade deveu-se à deturpação e uso inadequado do Conhecimento-Uno existente na época do Tronco Tupy. Por consequência, o homem perdeu a chave deste mistério e da capacidade de compreender, de forma sintética, a vida em suas causas e efeitos.
Na expectativa de reconstruir este conhecimento perdido e de receber os influxos destas portentosas Entidades é que apareceram os Cultos aos Ancestrais Primevos, apregoados pelos grandes patriarcas e iniciados , cujos resquícios se fazem presentes, ainda hoje, em algumas tradições, especialmente as orientais.
Por misericórdia divina, os integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais vêm trazer as sementes dos novos tempos, manifestando-se através da mediunidade, auxiliando-nos na jornada evolutiva, para que novamente o Aumbandan se faça presente na coletividade terrena.

História do Movimento Umbandista no Brasil

O Movimento Umbandista é um movimento filo-religioso surgido no final do século XIX , no Brasil, quando entidades espirituais, integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais, passaram a manifestar-se, pela mediunidade, em rituais de cultos praticados por Africanos e Indígenas, miscigenados com elementos do catolicismo introduzidos pela Raça Branca.
Na verdade, a eclosão do Movimento Umbandista foi decorrência das necessidades cármicas que fizeram reunir, no solo brasileiro, representantes das raças branca, amarela, negra e remanescentes da vermelha. Assim, o Brasil possibilitou o encontro de coletividades que alimentavam rivalidades entre si e, de alguma forma, mantinham em seus sistemas religiosos, fragmentos do Conhecimento Verdadeiro usurpado pela humanidade em sua odisséia terrena.
O Brasil, conhecido pelos índios pré-cabralinos como BARA - TZIL ( Terra da Cruz ou Terra da Luz) , deveria ser o local do surgimento do Movimento Umbandista porquê, originalmente, havia recebido a revelação do Aumbandan na época dos Lêmures, no apogeu da Raça Vermelha, no Tronco Tupy. Foi aqui também que a Tradição foi deturpada em sua essência, consubstanciando-se na Cisão do Tronco Tupy nos grupos Tupy-Nambá e Tupy-Guarany que defendiam, respectivamente, o Princípio Espiritual e o Princípio Natural. Embora os Tupys tenham, algum tempo depois, voltado ao seu caminho evolutivo original, os resultados de sua Cisão ainda se fazem sentir até hoje, persistindo na mentalidade humana o dilema entre o Espírito e a Matéria.
Aqueles seres do Tronco Tupy não mais encarnam no Planeta e mesmo poderiam partir para outros locais mais evoluidos do Universo, entretanto, optaram por trabalhar em prol da Humanidade, auxiliando-a a encontrar sua via justa de evolução, restabelecendo a Tradição-Una, o Aumbandan.
Para servir a este propósito, o Governo Oculto do Planeta, no momento adequado, lançou as sementes do Movimento Umbandista, visando inicialmente o Brasil, para futuramente revelar os aspectos cósmicos da Doutrina para todos os povos. E assim, por dentro dos cultos degenerados de várias raças existentes no Brasil, passaram então a manifestar-se pela incorporação, os Espíritos Ancestrais da Humanidade que se apresentavam, inicialmente, na forma de Indios e, depois, também na forma de Pretos-Velhos e Crianças. Apresentavam-se desta forma para atingir mais facilmente a coletividade brasileira, que se identificava, sincreticamente, com estes arquétipos da Simplicidade, da Humildade e da Pureza.
O aparecimento destas entidades veio a configurar as bases do Movimento Umbandista, que recebeu uma primeira organização ritualística a partir de 1908, com o médium Zélio Fernandino de Moraes, tomando o nome inicial de Alabanda e, depois, de Umbanda. Quase 50 anos transcorreram até que, em 1956, o famoso Médium W.W. da Matta e Silva revelou ao público os primeiros aspectos da Doutrina Esotérica de Umbanda marcando a história com o livro Umbanda de Todos Nós.
Atualmente o Movimento Umbandista conta com uma coletividade estimada em 70 milhões de adeptos e simpatizantes, entretanto, números mais precisos sobre esta população são de difícil aquisição devido à própria estrutura do Movimento Umbandista.
Esta estrutura comporta uma infinidade de Terreiros ou Templos com rituais diferentes entre si, consequentes de uma maior ou menor assimilação sincrética de elementos de outras culturas e sistemas filo-religiosos. Este sincretismo visa estabelecer uma ponte de ligação que permita a transição gradual de indivíduos oriundos de outros sistemas para a Umbanda.
Embora o panorama geral propiciado por estas variações ritualísticas possa parecer heterogêneo, esta foi uma estratégia utilizada pelos espíritos da Confraria Cósmica de Umbanda como forma de minimizar as desigualdades sociais e discriminações de qualquer origem. Portanto, o Movimento Umbandista é capaz de receber indivíduos com características e concepções sobre a espiritualidade muito variadas; para cada um deles haverá um Terreiro ou Templo que mais se adapte ao seu nível consciencial.
Como elemento de ligação dos diversos templos, encontra-se a mediunidade através da incorporação de espíritos que se apresentam nas três formas arquetipais de "Caboclos", "Pretos-Velhos" ( mais adequadamente chamados de Pais-Velhos ) e "Crianças". Estas Entidades procuram impulsionar, paulatinamente, as pessoas que procuram os terreiros para patamares superiores de compreensão de si mesmos, do Mundo Material e do Mundo Espiritual. Obviamente, quanto mais sincrético for um terreiro, mais distanciado estará da Essência e mais preso estará à Forma. Mesmo naqueles templos onde predominam a busca da Essência e a verdadeira Iniciação de Umbanda, os rituais abertos ao público apresentam apenas uma ínfima parte da Doutrina, por respeito e caridade aos consulentes, guardando para o interior do Templo os fundamentos que esperam o momento certo para serem revelados.
A partir de 1989, com o lançamento da obra Umbanda - a Proto-síntese Cósmica, que mostrou ângulos inéditos da Umbanda, foi inaugurada uma nova fase do Movimento Umbandista, revelando-se o caráter cósmico desta doutrina. Os rituais dos diversos templos vêm-se modificando, mais adequados à tendência da globalização, que certamente consolidará um Mundo sem fronteiras para os habitantes do Planeta Terra, estabelecendo seus laços de ligação não apenas pelo comércio de bens materiais, mas principalmente pela comunhão de valores espirituais.

Os Orixás de Cada Signo


No céu, junto aos astros, brilha a luz dos orixás, os fascinantes deuses africanos. E, à semelhança dos planetas, eles governam um ou mais signos.
Eles vieram para cá, há mais de duzentos anos, encarnados no corpo e na fé dos escravos africanos. No princípio, eram cultuados secretamente por meio de cantos e danças, uma forma de os escravos escaparem da ira dos senhores de senzalas, que não admitiam outras divindades a não ser os santos católicos.
Hoje, independente da raça, cor e credo, os orixás, esses fascinantes deuses negros, são reverenciados por todo o país nos terreiros de Umbanda e Candomblé. E há quem os associe aos arcanos do Tarô, aos enigmáticos hexagramas do I Ching e à Astrologia. Neste último caso, à semelhança dos astros que brilham no céu do Zodíaco, os orixás governam um ou mais signos. Isso significa que todos nós temos um orixá que nos guia e nos imprime suas características.
Na verdade, segundo pais e mães-de-santo, são três os tipos de orixás presentes em nossa vida: o de frente ou de cabeça, que corresponde ao signo solar, o ajuntó, que é o nosso ascendente, e o de herança, associado ao signo lunar. Na prática, a identificação precisa do ajuntó e do orixá de herança só é possível mediante nosso mapa astral completo. Mais fácil é conhecer o orixá de frente. Antes, porém, é bom atentar para um detalhe importante: as múltiplas manifestações de um mesmo orixá. Oxalá, por exemplo, que rege Capricórnio, ora aparece como um jovem brincalhão e sensual (Oxaguiã), ora como um ancião sereno e generoso (Oxalufã). Isso – e mais a influência do ajuntó e do orixá de herança – explica o jeito diferente de ser de pessoas do mesmo signo.
Apesar de existirem mais de cem orixás, para efeito de associação com os signos, somente dezesseis deles ganham uma importância fundamental porque apresentam características semelhandes às dos planetas e estrelas do céu astral e também por causa de sua ligação com os quatro elementos básicos da natureza.
FOGO
Ogum, Iansã e Xangô.

AR
Oxumaré, Logum Edé e Exú

ÁGUA
Oxum, Obá, Nanã e Iemanjá.

TERRA
Oxóssi, Ossâim, Euá, Oxalá, Iroko e Omulu ou Obaluaê.


O PASSEIO DOS DEUSES PELO ZODÍACO

OXUM
Rege TOURO e LIBRA. É orixá da fertilidade e da riqueza, símbolo também da sexualidade e por isso mesmo está associado ao signo de Touro. É ainda vaidoso, diplomata, tem muita ambição social, o que o aproxima das características impressas pelo signo de Libra. Corresponde a Vênus. É associada a diversas Nossas Senhoras.

OBALUAÊ
Rege Escorpião e Capricórnio – É o orixá das mortes e das doenças. Insondável, tem grande forma mental e é vingativo, peculiaridades de Escorpião. Por vezes, porém, é austero e melancólico. Tem problemas de pele e de ossos – coisas típicas dos capricornianos. Corresponde a Saturno. É associado a São Lázaro.

OSSÂIM
Rege Virgem e Gêmeos – É o orixá das ervas medicinais e está intimamente ligado à natureza. É crítico, meticuloso, sensível, o que o aproxima do signo de Virgem. Mas é também mutável, inquieto, irônico e superinventivo – qualidades de Gêmeos. Corresponde a Mercúrio. Está associado a São Benedito.

XANGÔ
Rege Leão e Sagitário – Autoritário, dominador, é um líder nato, um guerreiro difícil de ser derrotado, características dos nativos de Leão. Simboliza ainda a lei e a justiça. É sociável e aproveita o melhor da vida, o que o associa ao signo de Sagitário. Corresponde a Júpiter. É associado a São Jerônimo.

IEMANJÁ e NANÃ
egem Câncer. São os orixás maternos. Protegem, dominam e amam seus filhos a toda prova. Iemanjá é fértil, sensual e muito preguiçosa. Nanã é a avó, que gosta de ser adulada, é cheia de dengo e de mágoas. Um perfeito retrato de Câncer. Correspondem à Lua. Nanã é associada a Sant’Ana; Iemanjá é associada a diversas Nossas Senhoras.

OXÓSSI
Rege Virgem, Capricórnio e Aquário – É o protetor das matas. Tem o espírito matemático e o humor instável de um virginiano. Mas é também bastante sério e responsável – coisas dos capricornianos. E apresenta ainda todo o exotismo e a originalidade de Aquário. Corresponde a Saturno e Mercúrio. É associado a São Jorge e a São Sebastião.

OGUM
Rege Áries. É o orixá da guerra, que luta por sua liberdade e independência. Ativo, está sempre procurando alguma coisa para fazer ou alguém para brincar. É um tanto egoísta, instável e emotivo ao extremo – chega a ser briguento. Por tudo isso, está ligado ao signo de Áries. Corresponde a Marte. É associado a São Jorge e a Santo Antonio.

IANSÃ
Rege Leão, Sagitário e Aquário. Senhora dos ventos, é alegre, sociável, mas temperamental, como os leoninos. É aventureira, impulsiva, atrevida, diz o que quer e quando quer, e assim parece-se com Sagitário. Mas tem também o desprendimento de Aquário. Corresponde a Urano e Júpiter. É associada a Santa Bárbara.

OXUMARÉ e LOGUM-EDÉ
Regem Gêmeos. São orixás bissexuais. Oxumaré é o arco-íris e seu temperamento é instável, varia de acordo com as circunstâncias. Logum-Edé é bom negociante, astuto, nem sempre honesto. Essas qualidades os aproximam do Signo de Gêmeos. Correspondem a Mercúrio. Oxumaré é associado a São Bartolomeu e Logum-Edé é associado a São Miguel Arcanjo e a São Expedito.

EXÚ
Rege Gêmeos e Escorpião. É um orixá comunicativo, brincalhão, cheio de truques – facetas encontradas nos nativos de Gêmeos. Mas é violento e associado à energia sexual. Possui algo que fascina e ao mesmo tempo repele, característica dos escorpianos. Corresponde ao planeta Plutão. É associado ao demônio cristão.

OXALÁ
Rege Capricórnio, Peixes e Touro. É o grande pai, o pilar da família e da sociedade. Nisso, assemelha-se a Capricórnio. É um sábio, um curandeiro. É sensível à bebida e a outros vícios, o que o liga a Peixes. Sua analogia com Touro vem de sua sensualidade. Corresponde a Vênus e Saturno. É associado a Jesus Cristo e ao Senhor do Bonfim.

OBÁ
Rege Escorpião e Touro. É o orixá das angústias, do sofrimento e da desilusão amorosa, mas também do espírito de luta, o que lembra Escorpião. Suas outras características o associam ao signo de Touro: é bom companheiro, superleal, e, às vezes, age com ingenuidade. Corresponde a Saturno É associado a Joana D"Arc.

EUÁ
Rege Virgem – É o orixá que representa a faixa branco do arco-íris. É uma deusa guerreira que representa a parte feminina de Oxumaré: é metade mulher e metade cobra. Mantém analogia com a pureza e a castidade. É ainda cismado, um crítico feroz dos outros e de si mesmo, o que o relaciona com o signo de Virgem. Mas é também um guerreiro nato e, por essa razão, corresponde ao planeta Marte. Desconheço associação com Santo Católico.

IROKO
Rege Touro, Aquário e Libra – É o orixá da obstinação e dos desejos materiais – qualidades dos nativos de Touro. Sua relação com Aquário vem de seu individualismo, do seu desinteresse pelos problemas alheios. É ainda associado ao signo de Libre, pela sua versatilidade. Corresponde a Vênus. Desconheço associação com Santo Católico.

COMUNICAÇÃO INTERDIMENSIONAL



- Alderan, estamos entrando no setor do planeta Metalha!


- Sion, todas as equipes a seus postos! Preparem-se para acionar a abertura do portal interdimensional!


- Crodon! Sintonizar portal na décima terceira dimensão física! Eu estava olhando para a tela interdimensional onde, de repente, apareceu a imagem do planeta Metalha. Senti uma profunda saudade dos amigos que ali deixei mas, ao mesmo tempo, estava feliz por poder reencontrá-los. O planeta continuava belo como sempre, em sua cor dourada, tendo à sua volta uma suave aura brilhante. Diante da nave começou a se formar um túnel espiralado e foi iniciada a travessia do portal. Toda a Unidade já estava habituada às passagens dimensionais. Entretanto, esta era especial pois, desde que partimos de Metalha em missão, passaram-se quinhentos anos-Terra. No centro de controle da nave, assisti à conclusão da travessia dimensional através da tela visual. Perguntei a Sion que distância nos separava de Metalha e imediatamente obtive a resposta: estávamos perto da atmosfera e era necessário que eu tomasse algumas providências para o pouso.


Chamei telepaticamente os líderes de equipe, os quais chegaram ao centro de controle em alguns instantes. Eram eles: Miria, Sion, Solron, Calia, Crodon, Poderon, Uria, Rairon e Leon. Recebi os relatórios correspondentes a suas equipes e informei a todos que tais dados seriam analisados para, posteriormente, serem apresentados ao Conselho Planetário que por sua vez, iria avaliar a capacidade de cada componente da Unidade para uma nova missão. Pedi a Solron que acionasse o comunicador através do qual faríamos contato com Metalha.


- Afirmativo, Alderan. Canais abertos. -Planeta Metalha, quem fala é Alderan, do Cruzador Interdimensional Triton. Peço permissão para pouso.


- Cruzador Triton, permissão concedida para pouso na base Talha-1. Comecei a lembrar o quanto foi dura e difícil a missão mas, felizmente, estava prestes a pousar no planeta com o qual criei tantos laços de afinidade. A colossal nave prateada aproximava-se da superfície de Metalha. Contemplei, através do monitor visual, uma deslumbrante paisagem que enchia de alegria os meus olhos cor de prata. Meu desejo era sobrevoar as cidades, os campos enfeitados com lagos de esplendorosa beleza, as montanhas de cristais dourados cujo brilho intenso fazia com que Metalha parecesse um sol. Tal vontade teria que esperar pois, neste caso, se fazia necessária uma nave menor que o Cruzador. Foi iniciada a aproximação com a base, localizada no alto de um imenso plator, às margens de um mar sereno. De repente, o comunicador sinalizou. Era uma transmissão da base, prontamente atendida : -Cruzador Triton, aqui é base Talha-1. Rampa dez liberada para pouso. Solicitei a Crodon que desligasse o campo eletromagnético e acionasse o sistema de pouso.


A gigantesca nave aterrisou com a suavidade de uma pluma. Fiquei muito feliz por estarmos em terra firme. Após tanto tempo no espaço sideral, ansiávamos por desfrutar as belezas de Metalha. Telepaticamente comuniquei à Unidade para que todos se reunissem no pátio de conferência da nave para onde, em seguida, teleportei-me. Assim que cheguei, encontrei parte da unidade e, tão logo constatei a presença de todos, comecei minha explanação: - Após quinhentos anos como defensores das fronteiras dimensionais nos universos mais densos, cada um aqui presente sabe o que enfrentamos no cumprimento desta missão, da qual saímos vitoriosos sem nenhuma baixa. Sinto-me honrado em trabalhar com todos vocês, tamanha a união e os impressionantes resultados obtidos em todas as áreas. Foi como se fizéssemos parte uns dos outros. Um representante do Conselho Planetário, através do comunicador, avisou-nos que o Embaixador de Metalha estava aguardando a Unidade no salão do Conselho. Alertei a todos que iríamos apresentar ao Embaixador os resultados da missão. Após alguns instantes, adentrávamos o salão, cuja forte característica era a belíssima e arrojada arquitetura. O chão dourado como ouro polido refletia em si o brilho reluzente das armaduras espelhadas de prata, traço marcante e inconfudível da Unidade. Entramos pela larga porta em fila única. A estatura média dos integrantes era de, aproximadamente, três metros.


O impacto das botas metálicas dos cento e dez componentes produzia um conjunto de sons estridentes, formando uma orquestra cujo som ecoava pelo amplo salão. As paredes e o teto eram dourados, esculturas geométricas posicionavam-se em locais de destaque. Um pouco abaixo do teto havia diversos sóis. Alguns dourados, outros prateados. Uns pairavam no ar, enquanto outros transitavam. Fomos em direção ao fundo do salão, onde éramos esperados. Lá chegando, ficamos dispostos em dez filas paralelas. Dentre os sóis dourados que estavam flutuando, um desceu ao chão e começou a tomar outra forma.


À medida em que seu brilho intenso se apagava, um corpo humanóide foi aparecendo. Era dourado muito claro, quase branco. Tinha cerca de três metros de altura e o corpo envolvido por uma espessa aura luminosa. A cabeça era um pouco grande em relação ao corpo. Olhos grandes e prateados. Não possuía boca, nariz, orelhas ou cabelo. Aproximei-me dele, dizendo: - Comandante-Embaixador Ashtar, Unidade Prata se apresentando. Naquele exato momento, todos os capacetes das armaduras desmaterializaram-se, colocando à mostra as faces de todos. Ashtar, em passos lentos, percorreu cada fileira, examinando com seu poder mental cada um dos membros da Unidade. Concluída a vistoria, voltou-se para mim, dizendo: - Pelo que pude notar, Alderan, a Unidade Prata está em perfeita forma.


Não houve nenhuma avaria séria. Entreguei os relatórios para que ele analisasse e, assim, a Unidade foi dispensada. Saímos da mesma forma que entramos. Todos estavam ansiosos para reencontrar os amigos ou voltar às instalações anteriores. Contudo, ainda era preciso fazer certas coisas antes de distrair-me. Retornei ao Cruzador com alguns membros da tripulação para que parte do equipamento danificado em missão fosse descarregado. Sion acompanhou-me até o compartimento de carga do Cruzador, onde estavam guardados cinco mil andróides de modelos diversos e funções variadas. Todos estavam desativados.


Olhando atentamente as caixas que os embalavam, disse a Sion: - O que seria de nós se não pudéssemos contar com a ajuda destas máquinas nas batalhas contra os exércitos negativos? Concordando, ele balançou a cabeça e completou: - Infelizmente a maioria está estragada, de tal maneira, que até mesmo os chips de personalidade e memória foram destruídos. Em seguida, alguns andróides de múltiplas funções foram ativados para que fizessem o transporte do equipamento. Foi aberta uma das portas do compartimento de carga e, através dela, começaram a sair os veículos cargueiros de flutuação magnética. Assemelhavam-se, em sua forma, aos ônibus da Terra, embora não possuíssem rodas ou janelas. Seu tamanho era de, aproximadamente, cem metros de comprimento por trinta metros de largura e vinte de altura.


Uma porta na parte traseira servia para carga e descarga. Em cada lateral dianteira havia uma porta, usada para entrada dos passageiros e operadores. Todos os veículos estavam sendo pilotados por andróides. Observando o painel, avistei três telas visuais. Na tela central via-se a divisão de seis quadros, os quais mostravam paisagens de múltiplas direções. Nas duas telas laterais eram apresentados os mapas da geografia planetária e a localização da nave. Partimos em direção ao Centro de Tecnologia Planetária, situado no alto de uma montanha rochosa chamada Zuilis. Avistei a montanha Zuilis através do mapa na tela gráfica. Consultando o cronômetro, percebi que faltavam apenas dois minutos para o pouso. Pensativo, rapidamente procurei imaginar como estaria meu laboratório após tão prolongada ausência. Era muita a saudade que sentia dos meus ex-alunos e dos conclaves com os colegas cientistas. Muitos deles serviram como voluntários em missões fora deste Universo e ainda não haviam regressado. Meus pensamentos foram interrompidos pela voz metálica do piloto andróide, avisando-me que estávamos prestes a pousar.


O comunicador visual foi ligado e, na pequena tela do painel, surgiu a imagem de um rosto conhecido, que há bastante tempo não via. - Quilia, peço permissão para desembarque da frota de cargueiros do Cruzador Triton. Ela respondeu-me: - Seja bem-vindo, Alderan. Portão de desembarque aberto para pouso. Você será recebido por Raman. A imagem desapareceu mas, em mim, a felicidade tornava-se cada vez mais presente, pois chegava o momento de rever pessoas tão queridas e amadas. Após nosso pouso, os veículos da frota foram descendo um a um. Abri a porta da nave e flutuei até o chão.


Percorrendo todo o ambiente com os olhos, reconheci o amigo Raman. Abraçamo-nos, dizendo o quanto era bom o reencontro após tanto tempo. - Como está você, Alderan? - Muito bem, meu amigo. - Fiquei sabendo que sua nave havia chegado da missão. Calculei que este seria um dos primeiros lugares visitados por você. Por isso, fiz questão de fazer a recepção, para colocá-lo a par dos acontecimentos planetários. - Sim, Raman. Também tenho informações das experiências e pesquisas realizadas durante a missão. Andamos até um pequeno veículo de dois lugares, cujos controles foram assumidos por Raman. Em Metalha, este veículo funcionava por flutuação magnética e teleportação. No caminho para o setor de laboratórios, deparamo-nos com uma porta branca. Com nossa aproximação, ela se abriu.


Descemos do pequeno aparelho e entramos em meu laboratório. Lá estavam vinte ex-alunos de um curso que ministrei há quinhentos e cinqüenta anos. Assim que notaram a minha presença, o silêncio tomou conta do ambiente. Um deles veio em minha direção e logo foi seguido pelos demais. Abracei a todos com ternura e carinho. Pelo que pude notar, a pequena equipe tinha uma líder - Drilha - que, após os cumprimentos, dirigiu-se a mim: - Alderan! Quando você partiu em missão, eu era recém-formada em engenharia cibernética e eletrônica espacial. Saí da faculdade com um projeto: desenvolver novos equipamentos que pudessem ser úteis aos defensores dimensionais. Munida de minhas credenciais, procurei o comandante Ashtar e coloquei-o a par do referido projeto que, de imediato, foi aceito. Ashtar deixou a cargo de Raman providenciar as instalações e o material necessário à execução do meu trabalho.


Fui informada por Raman que seu laboratório estava desativado e que você havia saído em missão. Meu pedido para a utilização destas instalações foi aprovado pelo próprio Raman e, assim, o projeto foi iniciado.


Terminado o relato de Drilha, pude expressar-me: - Estou muito satisfeito em saber que o laboratório ficou em suas mãos. Preciso sair com Raman agora, mas depois quero propor algo a você. Silencioso e pensativo, saí em companhia de Raman que, mais adiante, questionou-me: - Você está ciente dos planos da Federação Inter-Galáctica, Alderan? - Sim. Durante a missão, percorremos as bases especiais de várias galáxias. - Também foi informado da grande transição dos universos? - perguntou. - Afirmativo. Este foi o motivo pelo qual retornamos da missão. Conversamos durante um longo tempo e Raman explicou-me que o Conselho de Metalha enviaria a frota de cruzadores do Comando Ashtar para o sistema solar da Terra. Despedi-me de Raman, agradecendo-lhe as informações prestadas.


Olhando o firmamento dourado, pude contemplar a beleza de naves grandes e pequenas que cruzavam o céu, deixando rastros de luz no que parecia um oceano de estrelas faiscantes. Ondas de energias revitalizadoras caíam da atmosfera. Avistei um brilho prateado que, ao se aproximar, pude identificar como a nave que estava aguardando. A nave alcançou o chão com a leveza de um pequeno pássaro. Lembrei-me, com toda nitidez, do tempo e do esforço necessários para que minha equipe de cientistas, em laboratórios, pudesse projetar um modelo de nave que tornou-se uma obra-prima da engenharia geométrica.


Os inúmeros e complexos cálculos não foram em vão, pois sabíamos o quanto este veículo, por sua eficiência, nos era útil. Caminhei até a frente da nave, onde ficava uma das muitas portas, camufladas estrategicamente ao longo dos seus cinqüenta metros de comprimento. A lataria era totalmente blindada, embora algumas partes pudessem ficar transparentes, de acordo com a vontade do piloto. A porta dianteira foi aberta. Nos controles, estava Miria, que alegremente perguntou-me: - Você quer uma carona? Embarquei sem hesitar, falando descontraído: - Já faz um bom tempo que não piloto esta nave! Ela possuía sensores de leitura mental. Isso fazia com que o controle da nave fosse feito por telepatia. Observava o mostrador do painel enquanto a nave decolava em direção a uma parte pouco habitada do planeta, onde havia uma paisagem exuberante. Notei a felicidade de Miria por ter voltado à Metalha, lugar que nos era muito querido, além de ser o planeta em que nascemos. Ficamos conversando sobre assuntos simples, tais como as belezas naturais das áreas que sobrevoávamos. Recordamos nosso nascimento em Metalha, há cinco mil anos, logo após termos chegado com o corpo astral do planeta Icron, local de nossa vida física anterior. Miria também lembrou que, ao chegarmos a Metalha, entramos em contato com o Conselho Planetário, para que este possibilitasse a materialização de nossos corpos. Em Metalha, o nascimento dos seres é feito através de materialização ectoplasmática, tornando desnecessária a presença de progenitores.


Os recém-nascidos possuem consciência de adulto, juntamente com a memória de vidas anteriores. O tempo médio de vida para os corpos nascidos em Metalha equivale a dez ou onze mil anos terrestres. Os corpos são ectoplasmáticos de cor dourada ou prateada, dividindo-se em vários tons que mudam de cor conforme o nível de evolução espiritual. Cada corpo oriundo de Metalha tem, entre outras capacidades, a de tomar a forma e a composição molecular que desejar. Tais transformações são empregadas apenas quando há real necessidade. A forma de comunicação utilizada é a telepatia e os olhos enxergam por meio de clarividência, o que viabiliza o acesso simultâneo a várias dimensões e localidades. Os meios de locomoção corporal são a flutuação magnética e a teleportação.


A alimentação é feita por absorção corporal de energia cósmica. Em função do avanço tecnológico, a população prefere fazer uso de aparelhos, para que não haja um excessivo desgaste das energias corporais. Comentei: - Realmente, Miria. Em comparação a outros planetas, nossa evolução aconteceu de forma muito rápida com o corpo de Metalha. Além disso, contamos com o fato de podermos nos desligar momentaneamente deste corpo e assumir outro, em outro planeta. Saímos da nave deslizando suavemente e percorremos as vastas planícies douradas. As flores exalavam um aroma inebriante. Voávamos de mãos dadas, em uma comunhão de sentimentos que fortificava nossas energias. Como uma música, o som da voz de Miria soou em minha mente: - Alderan! Veja aquele vale atrás das colinas flamejantes! Existe um lago onde costumava banhar-me, antes de nossa partida para fora do planeta. Vamos até lá? - Respondi que sim. Alçamos vôo rumo às colinas. Ao avistar o vale, contemplei um vasto espaço líquido. O lago mostrava uma beleza imensa. Soltamos as mãos e voamos tão próximos ao lago que, tocando suavemente a água com a ponta dos dedos, produzimos um rastro de faíscas douradas e prateadas. Miria mergulhou em suas águas brilhantes e eu a segui.


O comunicador sinalizou. Era Sion, informando que Ashtar concluíra a análise dos relatórios da missão e estava nos aguardando em sua nave, para discutirmos os resultados. Estando fora da água, chamamos a nave pelo controle automático e, em poucos segundos, ela pairou acima de nossas cabeças. As portas se abriram com nossa presença, e Miria assumiu os controles. Velozmente, a nave atravessou o firmamento e saímos da atmosfera. Avistamos, ao longe, a brilhante nave-mãe, comandada por Ashtar. Era tão grande que não podia aproximar-se muito do planeta, a fim de não perturbar o equilíbrio gravitacional. Informei-lhes sobre nossa aproximação: - Alderan falando. Peço permissão para pouso. - Afirmativo. Concedida permissão para pouso na rampa número 1.500, setor noroeste. Miria ajustou as coordenadas ao computador de bordo e, após alguns instantes, estávamos pousando.


Saímos da nave e trocamos nossos trajes , sendo que iríamos a uma conferência formal com os comandantes que integram o Comando Ashtar. Eu sabia que os líderes da Unidade também tinham sido comunicados. Percorremos um longo corredor, num veículo utilizado para transporte interno. De fato a nave-mãe poderia ser comparada, em suas proporções, a um planeta. Enfim chegamos ao local da reunião, onde poltronas estavam organizadas em forma de meia-lua. Ao notar que os líderes de equipes da Unidade Prata estavam aglomerados em determinadas poltronas, fui em direção a eles. Após cumprimentá-los, sentei-me. Ashtar estava no palanque e parecia aguardar a chegada de outras unidades. Olhei ao meu redor e notei a presença de vários comandantes de nave, cuja maioria eu conhecia. Assim que se completou o Comando, foi iniciada a explanação de Ashtar: - Como foi informado ao governo de Metalha, ocorrerá em breve a transição dos universos dimensionais. Em função deste avanço dimensional, as leis da natureza serão alteradas. Detendo a atenção de todos, continuou: - Estas modificações impossibilitam a permanência de determinados seres em seus planetas, pois não suportarão as vibrações eletromagnéticas advindas da sutilização dimensional. - Para evitar que seus corpos astrais mais densos sejam expostos a tais radiações, provocando terríveis traumas psico-mentais (o que atrasaria muito o ritmo de suas evoluções), precisaremos efetuar as transmigrações planetárias. Desta forma, poderá ser mantida a harmonia na evolução dos seres.


Olhando fixamente para Ashtar e inebriado com suas palavras, meditei profundamente sobre a importância dos acontecimentos narrados por ele. Durante toda a exposição dos fatos vindouros, meu pensamento girava em torno de qual seria a tarefa da Unidade nas transmigrações. Terminada a palestra, nossa unidade foi convidada pelo Conselho Planetário a formular, com eles, os planos de ação da Unidade Prata.


A reunião seria feita em um salão que ficava próximo do auditório em que estávamos. Andamos por um largo corredor cujo piso, paredes e teto eram de cor cinza-chumbo. Em uma das laterais surgiu uma porta, que fechou-se automaticamente ao passarmos por ela. Sentamo-nos em poltronas brancas, organizadas em forma de círculo. Ashtar, que já estava nos aguardando, disse: - O Conselho analisou os relatórios da Unidade. Todos ficamos satisfeitos com os resultados. Temos funções para sua Unidade na grande missão, Alderan. Porém será necessária uma série de modificações e a primeira delas é aumentar o número de integrantes da Unidade. Transbordei de felicidade ao receber aquele convite. Notei que Miria, assim como os líderes de equipe, demonstravam seu contentamento. Escutamos as diretrizes passadas por Ashtar e membros do Conselho. A reunião havia acabado. Sion parecia bastante animado com o planejamento da nossa nova missão. Seguimos para a rampa de decolagem, onde duas naves do Cruzador estavam à nossa espera. Entramos na atmosfera de Metalha e fomos em direção ao espaçoporto, onde estava o Cruzador. Fizemos a aproximação e foi aberta uma das rampas de pouso.


Descemos da nave e fomos direto para a ponte de controle. Lá chegando, liguei o comunicador: - Drilha, aqui é Alderan. Peço que venha ao Cruzador, pois temos assuntos importantes a tratar. Mais tarde, avistei no monitor uma pequena nave. Reconheci nela a insígnea do Centro Tecnológico Planetário. Drilha chegou à ponte de controle. Aproximei-me dela, dizendo que se tratava de um convite. Expliquei que teríamos uma nova missão e, em função da envergadura da tarefa, era preciso aumentar o número de integrantes da Unidade. Drilha aceitou o convite. Tínhamos um prazo de dez anos para estarmos com a Unidade Prata pronta para partir em missão, mas bem antes disso conseguimos completar os cinco mil integrantes.


O dia da partida finalmente havia chegado. Era enorme o meu contentamento em ver a conclusão do treinamento das novas equipes da unidade. O céu de Metalha mostrava um enxame de cruzadores e algumas estações orbitais. Recebi as ordens de Ashtar para partirmos rumo à Terra. Entretanto, precisaríamos passar pelo planeta Icron, em Orion. Lá, os membros da tripulação que possuíam o corpo de Metalha teriam de trocar temporariamente de corpo, para poderem entrar no setor do planeta Terra. Eu também fazia parte deste grupo.


O Cruzador decolou da base Talha-1, cruzando um céu cheio de naves e entrando no espaço sideral. Na passagem pelo planeta Icron e, após a troca de corpos físicos, passamos para a décima dimensão física. Constatamos que algumas de nossas habilidades corporais haviam sido bloqueadas. Após algum tempo no espaço, entramos no sistema solar da Terra. Paramos em Júpiter, a fim de conferenciarmos com o Conselho Solar a respeito de nossa participação na missão Terra. Chegamos ao planeta Terra no início do Século XVII. Seria necessário que parte da Unidade ingressasse na terceira dimensão física. No próprio Cruzador encontravam-se as câmaras de animação suspensa, onde nossos corpos ficariam guardados. Estando lá, abri a tampa de cristal e deitei-me, fechando-a. Escutei uma pequena explosão e desmaiei, ofuscado por uma luz forte. Quando acordei, percebi que acabara de nascer em um corpo da Terra, no ano de 1971. Chorei em um corpo de bebê. As pessoas ali presentes sequer desconfiavam que naquele choro havia uma certa tristeza, por me encontrar naquele corpo primitivo e cheio de limitações. Minha nova vida na Terra seria dura e cheia de sacrifícios mas, acima de tudo, eu tinha uma missão a cumprir, custasse o que custasse. A maior parte da missão seria realizada durante minhas saídas para fora do corpo, e a outra parte no plano físico. Antes que eu nascesse, recebi informações de que seres negativos tentariam provocar a morte de meu corpo físico, mas a Unidade estaria fazendo a minha segurança. Mesmo assim eu não tinha garantia total de vida, pois o plano físico, na terceira dimensão da Terra, ainda estava sendo controlado pelas trevas. De início, meu corpo físico apresentou uma forte incompatibilidade com a vibração de meu corpo astral. Isto levou a um princípio de rejeição que, se não fosse revertido, provocaria minha morte. Durante dias e noites eu não parava de chorar e recusava-me terminantemente a sorver o leite materno, o que provocava preocupação em meus pais. Era uma tortura ficar dentro de um corpo apertado, que me sufocava sem piedade, como se fosse feito de concreto e não obedecesse ao meu comando. Os dias foram passando e eu entrava em um estado crítico, o qual necessitava urgente de uma solução, pois minha vida corria perigo.


Os cientistas da Unidade apresentaram uma alternativa: era preciso provocar a queda vibracional do corpo energético, para que este ficasse mais denso e entrasse em sintonia com a densidade do corpo físico. Entretanto, tal densificação provocaria um atraso do despertar da memória imortal. Sendo a única solução encontrada, comecei a ser submetido a sessões de densificação vibracional, nas vezes em que saía do corpo físico através do sono. A densificação limitava ainda mais a minha consciência, afastando-me dias, meses, e até anos do despertar da consciência imortal. O processo estava dando certo, mas ainda não tinha sido suficiente para fazer a sintonia total com o corpo físico. Era preciso fazer algo mais. Certo dia, um dos cientistas da equipe encarregada do projeto andava por uma fazenda vizinha da que eu morava. Trajava um macacão de cor prateada. Ele passou por um curral cheio de cabras e ficou encostado na cerca de madeira escura, envelhecida pelo tempo, observando um trabalhador rural que ordenhava uma cabra. Tanto o ordenhador quanto os animais ali presentes não percebiam a presença do cientista extraterrestre, pois este se encontrava em outra dimensão, tornando-o invisível a olhos comuns. O cientista aproximou-se do balde que estava recebendo o leite.


Olhou atentamente aquele líquido branco, espumando a cada jato extraído do animal pelas mãos habilidosas do ordenhador. Sua curiosidade fez com que apanhasse um pequeno aparelho que estava preso a seu cinto. Este aparelho continha uma tela de imagens coloridas. Apontou-o, então, para o leite e examinou a densidade do código genético. Registrada a freqüência dimensional, o cientista chegou à seguinte conclusão: bastava que eu ingerisse aquele leite para entrar na freqüência do corpo físico e assim, o problema estaria resolvido. Os cientistas astrais encarregados de cuidar do meu corpo inspiraram meus pais para que estes me alimentassem com leite de cabra, o que veio acontecer no dia seguinte. Eu tinha quase um ano de idade embora minha consciência estivesse entorpecida (como a de qualquer ser humano daquela idade), vasculhava, algumas vezes, na profundidade do meu ser, a fronteira do inconsciente e de lá trazia reminiscências de um passado distante. Pensava comigo mesmo: "Que mundo estranho é este em que estou?" Passaram-se os anos e eu não morava mais na fazenda.


Minha família mudava-se tanto de residência que se tornou difícil guardar as lembranças dos lugares em que morei. Mais uma vez, fixamos nova moradia, em um bairro da cidade de Goiânia. Eu completara onze anos. Estava na escola, mas os estudos não iam bem, devido aos ataques que vinha sofrendo por falanges de seres das sombras. A Unidade Prata protegia-me constantemente, mas sua ação direta era dificultada pelo fato de eu estar no plano físico e eles no plano astral. Neste ponto, as trevas levavam vantagem, pois tinham o controle do mundo físico da Terra e atuavam diretamente através de seus adeptos no plano físico. Fui atacado de diversas maneiras mas, geralmente, dava-se por meio de acidentes, doenças ou ataques fora do corpo. Nas proximidades da minha nova moradia havia um campo todo cercado de arame. Alguns dias após chegarmos de mudança, comecei a ter sonhos, e nestes sonhos eu ia até o campo e via várias naves pousando. Delas saíam seres de outros mundos. Aos dezesseis anos, mudanças estranhas começaram a acontecer com minha consciência. Tais mudanças faziam com que eu entrasse em outras realidades existenciais até que, um certo dia, ocorreu algo que mudou minha vida. Já ao cair da tarde, algo começou a acontecer. Experimentava uma sensação diferente em minha cabeça. Era um pulsar, que começou lentamente e depois foi acelerando o ritmo. As batidas eram de baixo para cima, dando a impressão de que algo iria sair pelo topo da minha cabeça. Após alguns minutos, fui envolvido por uma sonolência irresistível.


Pensei em deitar e dormir um pouco. Entrei no quarto e tranquei a porta. Abri a janela para aumentar a ventilação, pois o calor era enorme. Tirei a camisa, colocando-a em cima do meu rosto, a fim de proteger-me da luminosidade. Passaram-se alguns instantes e a sonolência acabou. Os meus pensamentos fluíam com uma facilidade incomum e produziam um som que ecoava em minha cabeça. O ecoar transformou-se em um barulho tão alto que parecia uma turbina de avião. Assustei-me e pensei em levantar, mas não consegui. Meu corpo estava totalmente entorpecido. Entrei em pânico e gritei por socorro, mas minha boca também não se movia, apesar de ter escutado o som da minha voz, que parecia vir dos meus pensamentos. Quando notei que meus gritos não chamavam a atenção de ninguém, calei-me e pensei: "Será que morri? Mas isto não é possível, minha saúde está ótima!" Juntei todas as minhas forças e, num só golpe, levantei-me. Fui surpreendido por um fenômeno que até então desconhecia.


Havia saído do corpo físico e estava flutuando logo acima dele. Maravilhado e ao mesmo tempo confuso com o que estava acontecendo, pensei: "Como pode ser? Estou fora do corpo e, tão leve, que até posso voar!" Procurei me concentrar para descer e pisar o chão. Já de pé ao lado do corpo, que dormia na cama, andei pelo quarto, tentando compreender o que se passava comigo. Notei que meu raciocínio estava bem mais rápido e minha auto-análise mais crítica. Refleti: "Isso não pode ser um sonho, é muito real. Sei quem sou, onde estou e o que faço." Olhei detalhadamente o meu quarto e notei que as paredes, como também os objetos, continuavam idênticos aos do plano físico. Uma súbita curiosidade me fez querer saber como seria o contato com alguém, estando eu fora do corpo. Fui ao encontro da porta, pensando se conseguiria abri-la com um simples esforço. Levei minha mão direita em direção à maçaneta, mas a surpresa veio quando pude observar minha mão passando através dela. Então pensei comigo mesmo: "Que fantástico! Posso passar através dos objetos físicos!" Comecei a passar através da porta, experimentando uma sensação agradabilíssima de sutilização e leveza.


Saindo do quarto, fui em direção à sala-de-estar, à procura de alguém. Escutei vozes vindas da cozinha e fui até lá. Vi meus avós e pensei: "Eles não vão acreditar no que está acontecendo comigo!" Minha avó estava de pé perto do fogão, preparando o jantar. Conversava descontraidamente com meu avô, que se encontrava sentado em uma cadeira. Chegando perto dela, disse: - Está acontecendo uma coisa muito estranha comigo. Fui dividido em dois. Existe uma outra cópia de mim, dormindo lá no quarto. Outra surpresa: Nenhum dos dois parecia notar a minha presença. Fiquei um pouco angustiado e voltei para o meu quarto onde, novamente, avistei meu corpo físico deitado na cama, inerte como uma rocha. Calculei que, se eu deitasse em cima do corpo, talvez conseguisse acordar. Após deitar-me, passaram alguns segundos e senti novamente o entorpecimento que havia me paralisado. Esforcei-me para vencer tal estágio e, finalmente, consegui acordar, todo coberto de suor. Pensativo e fascinado com a experiência, levantei da cama. Logo pensei em contar para alguém, mas depois de avaliar melhor, cheguei à conclusão de que nenhum conhecido meu acreditaria naquela história.